COMO USAR O ÓLEO DA UNÇÃO?

"E, saindo eles, pregavam que se arrependessem.
E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam". Marcos 6:12-13

O uso do azeite consagrado ou óleo ungido é bíblico, porém seu uso foi banalizado e popularizado de maneira anti-bíblica, fugindo dos padrões deixados por Jesus e os apóstolos. 
Não se deve usar eventos isolados ou rituais da Antigo Testamento para fundamentar 'novas' doutrinas e inseri-las na igreja. Assim se tem feito nos dias atuais. 

Devemos sempre buscar bases doutrinárias:

1. No que Jesus Cristo fez e ensinou;

2. No que os apóstolos fizeram e ensinaram;

3. Em como a igreja primitiva agia.

   
No texto bíblico acima vemos que Jesus delegou seu poder aos seus díscipulos para pregarem a mensagem do arrependimento, expulsarem demônios e UNGIR OS ENFERMOS COM ÓLEO E CURÁ-LOS. 
Não se via qualquer um ungindo pessoas e as mesmas sendo curadas, somente os discípulos tem essa autoridade. Daí fica a seguinte pergunta:

-Somente os doze discípulos tinham essa autoridade? É claro que não. Jesus não restringiu seus discípulos apenas em doze pessoas. Ele abriu o leque do discipulado quando disse:

"E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo". Lucas 14:27 

"Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo". Lucas 14:33

"E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão". Mateus 10:42

Discípulo é todo aquele que renuncia sua vida pessoal, rejeita seus desejos carnais (toma a sua cruz) e segue Jesus Cristo. Mesmo que seja o mais simples dos homens, se ele cumpre essas exigências citadas por Jesus, ele tem autoridade bíblica para se considerar um discípulo. Podendo assim como os doze UNGIR OS DOENTES. 

O uso do azeite está biblicamente restrito ao ungir pessoas doentes. E somente quem está autorizado a fazer o seu uso são as autoridades eclesiásticas. Sendo que a autoridade espiritual como discípulo é para todos os cristãos que seguem as exigências que observamos acima. O pastor da igreja pode não ser um discípulo se o mesmo não anda conforme a Palavra diz. Ele pode até ungir um doente, porém nada acontecerá pois o mesmo não tem autoridade espiritual como discípulo de Jesus. Mesmo assim a Bíblia aconselha a todos que estiverem doentes procurar as autoridades eclesiásticas principais:

"Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados". Tiago 5:14-15

Hoje se usa o azeite consagrado de maneira anti-bíblia. Usam para: ungir a casa, se auto-ungir, ungir qualquer coisa que esteja sobre influência de demônios, distribuir na igreja para todos os membros fazerem o que quiserem, e até mesmo, pasmem, VENDEM O AZEITE CONSAGRADO como se fosse uma poção mágica das empresas 'Tabajara'. Eles fazem de tudo para atrair a atenção do povo, para se tornar evangélico. Por isso a igreja evangélica brasileira está cheia de ímpios-evangélicos que não querem compromisso e não gostam da Palavra, só gostam de 'oba-oba' e fazerem o que bem entendem.

O ato de ungir a pessoa doente com azeite não é uma brincadeira, é coisa séria. Não é um ato medicinal ou ritualístico religioso. É um ato de fé de ambas as partes, sendo que a pessoa que vai ungir deve ter um caminhar reto para com Deus. Então se unge a pessoa doente com azeite consagrado que simboliza a presença revigorante e transformadora do Espírito Santo sendo derramado sobre a pessoa enferma. Então o sobrenatural acontece. A unção com Azeite consagrado deve ser acompanhada de oração fervorosa. A pessoa que está ungindo deve crer que o outro será curado por Deus e a pessoa que está sendo ungida também deve crer que Deus irá curá-la. É Deus quem opera a cura e o faz através da fé das pessoas. Os sinais seguirão aos que crerem. 

No Antigo Testamento a unção de pessoas era feita, quando com propósitos espirituais, com o objetivo de separar-se esta pessoa para uma tarefa específica, seja enquanto rei, sacerdote ou profeta. É importante também notar que todas estas tarefas eram realizadas em conjunto com o objetivo de guiar o povo de Deus tanto espiritualmente quanto secularmente. Já  na igreja primitiva esta ação, a unção de pessoas, foi acrescentada com a imposição de mãos, a qual outorga autoridade para ministrar, educar e servir, como até hoje é feito na ordenação de pastores e outros obreiros.

"Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o SENHOR por capitão sobre a sua herança?" I Samuel 10:1

"Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá". 1 Samuel 16:13

O USO DO AZEITE CONSAGRADO É BÍBLICO, PORÉM NÃO DEVE SER BANALIZADO OU USADO DE MANEIRA ANTI-BÍBLICA. NÃO ACEITE QUALQUER OUTRA FORMA DE USO DO AZEITE CONSAGRADO QUE NÃO SEJA A MANEIRA BÍBLICA. SEJA COMO OS CRENTES DE BERÉIA :

"Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim". Atos 17:11